terça-feira, 17 de junho de 2025

A androginia dos animes estimulou o desejo por traps e femboys

 




Os desenhos japoneses gozam de muita popularidade no mundo inteiro, seguindo a linha da tecnologia de entretenimento que alegrou a infância de muita gente por meio dos videogames, meio no qual os traços de animes eram reproduzidos. Quem é da época das locadoras de cartuchos entende a preciosidade que eram as jogatinas de Super Nintendo ou Mega Drive.

Relembrando esse mesmo contexto da época, desenhos como Dragon Ball Z eram igualmente fascinantes, prendendo a atenção dos jovens após chegarem da escola. Com a relação às lutas travadas pelos personagens de Dragon Ball, elas costumavam gerar imitação no recreio, ou seja, os personagens dos desenhos se transformavam em referências para todos os meninos da sala e o impacto que esses produtos televisivos exerciam sobre a mente infanto-juvenil era consideravelmente forte.

Crianças são como esponjas, elas absorvem tudo que está ao redor. Adolescentes não fogem à regra da imitação, que embora constitua fenômeno próprio do homem em todas as idades, manifesta-se mais fortemente no início da vida, quando se recebe uma formação cultural que será reproduzida para todo o restante de seus dias.

Portanto, o público juvenil absorve e tende a reproduzir ações que mexem com suas fantasias, principalmente se se tratar de algo que seus outros colegas demonstram estar acompanhando e dando importância.

Vejam o exemplo do famigerado Pânico na TV, este programa foi responsável pela maior proliferação de mongolóides nas escolas brasileiras, porque as crianças e adolescentes imitavam as mesmas brincadeiras que viam no programa. Metiam tapas na nuca uns dos outros e gritavam para o Robinho pedalar, as presepadas que os participantes do programa faziam eram também imitadas pelos adolescentes. O pânico retirou esses elementos de um programa norte-americano, que também tinha seus participantes metidos a fazer porra-louquice, em um show bizarro de exibicionismo patético, como se ser um imbecil extravasado fosse o máximo da personalidade e do humor.

Com relação aos desenhos, o costume de anime, então, havia sido introduzido para se instalar com definitividade, não há mal algum nisso, era outra fonte de entretenimento, porém algumas características vieram acompanhadas e merecem ser levantadas.

Partindo do pressuposto de que a mídia de informação e entretenimento são capazes de fornecer modelos ao público adulto, juvenil e infantil, a criança que se habitua a filmes violentos de ação imita aqueles mesmos atos quando surge a oportunidade de brincar com seus colegas, tenta inclusive os mesmos golpes e ataques, uma simples observação de como as crianças se comportam ou mesmo recordação de como qualquer um se comportava quando era criança basta para atestar isso como um fato. Ao menos na época escolar, todos tendiam a assistir às mesmas coisas e conversar desse fundo comum absorvido graças à televisão, o que reforça ainda mais aqueles mesmos modelos sobre os quais giravam as brincadeiras e conversas.

Todos esses meios grudam na consciência das pessoas e se transformam em padrões de comportamento. Desnecessário dizer que os pais nem atinavam para essas questões, eles apenas deixavam as crianças livres, expostas ao fluxo de influência (ao menos para a maior parte das famílias). Portanto, a mídia tem o poder de fazer com que certos objetos se tornem desejáveis, esse fato vale para as mercadorias direcionadas ao público adulto, assim como para aquelas voltadas aos mais jovens.

Por volta de 2014 em diante, um fenômeno interessantíssimo começou a acontecer, homens vestidos de mulheres passaram fazer perfis nos aplicativos de namoro e bate-papo, na primeira década do século XXI isso quase não existia. Quem dissesse algo sobre transexual estaria falando sobre algo muito raro e que poderia mesmo ser classificado como doença (antes da politização da psicologia e psiquiatria – pela qual os respectivos conselhos proibiriam tratar do assunto da maneira científica e sedimentaram um entendimento prestigiando o politicamente correto e a pseudociência por ele encampada).

A pseudociência conseguiu um grande avanço ao fazer com que os transtornos mentais relativos ao sexo fossem descaracterizados da condição patológica, o que veio a ocorrer entre 2018 e 2019, com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Fala-se em “despatologização”[1].

Fato é que os homens não rejeitaram esses modelos, alimentando a possibilidade de, quem sabe, se satisfazerem com perfis afeminados, desde que não tenham quase traço algum masculino restante. Por mais que sejamos dotados de um senso moral, os instintos animais continuam existindo e as necessidades biológicas tendem a predominar no mais das vezes. Basta o exemplo de que um homem encarcerado por anos, sem contato sexual com mulheres, passa a se relacionar ou abusar dos outros prisioneiros mais fracos.

Para melhor seguir essa linha de entendimento, vale a pena olhar em retrospectiva para o início da fase sexualizante, comumente referida como sendo de “descoberta do corpo”. Para o pré-adolescente ou adolescente, uma das coisas mais deliciosas é ver aqueles mesmos personagens dos desenhos como partícipes de situações eróticas, principalmente numa fase de introdução a esses prazeres carnais, com o início da masturbação.

Não somos otários aqui, senhores, podemos dizer em alto e bom som que a maioria cresceu tendo acesso a materiais pornográficos, dada a facilidade digital, talvez ninguém discutirá que a internet entre 2006 e 2010 era marcada por ampla liberdade, com materiais pornográficos podendo ser encontrados no próprio youtube. Um dos estilos mais marcantes para jovens da geração Y (millenials) e Z foi o hentai, aquele no qual personagens de desenho são colocados em circunstâncias sexuais explícitas.

Porém, dentre todos os estilos de desenho existentes, podemos observar como especificamente no caso dos animes os corpos dos personagens são belos, esbeltos, com cabelos caídos no rosto, verdadeiras formas corporais idealizadas, tanto que não possuem pelos (o que é perceptível até nos homens). Por isso mesmo, a impregnação de modelos estéticos dos desenhos japoneses ocorreu até com certa facilidade, no início da adolescência alguns desses traços são existentes no próprio público, que possui lá seus 14 e 17 anos, o que facilita a identificação com a fantasia que é o mundo dos animes. Por outro lado, aqueles que não possuem traços semelhantes àquelas formas ideais podem sempre introjetá-las, construindo uma identidade visual adaptada que sirva de avatar, no sentido de representação gráfica embelezada da sua forma na vida real, este fenômeno de identificar-se com um personagem é algo que ocorre. 

No contexto do hentai, subdividiam-se várias categorias, a partir das quais se podia observar algo muito esquisito, por exemplo, havia a categoria do yaoi, apresentando os homens dos desenhos japoneses nas posições submissas de mulher e, por outro lado, havia outro gênero de hentai forçando o retrato de mulheres com pênis, era o futanari, um espetáculo do bizarro e realmente grotesco. Nota-se, portanto, uma inversão curiosa nos papéis sexuais. Parece não ser algo inocente e que visa apenas dar conteúdo masturbatório, mas clara deliberação de bagunça de gêneros, mas isso é apenas uma tese não comprovada, fruto de mera sugestão, uma observação que fica ao juízo dos leitores em geral.

Os japoneses têm olhos pequenos, eles criam personagens com olhos grandes. Eles são peludos, os seus personagens são lisinhos, completamente depilados, até os masculinos, muitos dos quais se parecem fêmeas extremamente comíveis. As japonesas são frígidas, sequer riem mostrando os dentes, mas nos modelos reproduzidos nos desenhos fazem com que mulheres busquem com vontade os personagens masculinos com proatividade, sem que estes tenham que fazer nada para isso.

Sabemos do alto grau de isolamento sexual da população masculina japonesa, o que deu origem ao caso dos homens herbívoros, fenômeno também constatado em vários pontos do mundo ocidental que passaram por um alto grau de infiltração das mulheres na força de trabalho.  Já há registro de casos nos quais homens resolveram se casar com personagens de desenho, a tecnologia providencia a personalidade compassiva que elas imitarão e que fora negada ao homem no mundo dos fatos.

Ora, a busca por meios alternativos de satisfação ocorre em todos os campos da vontade, não estando a vontade sexual excluída desse fator. Dependendo do nível de restrições e hostilidade, o sujeito busca substitutivos para satisfazer suas vontades, pode ser inclusive por meio do uso de objetos, criação de entes inexistentes ou mudanças pontuais em pessoas que realmente existem.  A partir daí, acentua-se a dúvida sobre a definição da matéria biológica ou mesmo questiona-se até que ponto são necessários e complementares machos e fêmeas, talvez uma fórmula seja possível na qual o homem possa viver livre da necessidade que, em última análise, só poderia ser satisfeita com a participação feminina.

A disseminação de modelos afeminados coloca o homem como potencialmente desejável sexualmente, se atingidos certos graus de feminização. O heterossexual irá rejeitar homens normais, peludos, com aparência de macho, mas tenderá a abrir exceções, dependendo dos níveis de carência, se forem apresentados a ele tipos andróginos. Aos que se apresentarem como extremamente machos e imunes à armadilha que os homens mais tentados cairão, ainda assim pontuo ser esse um fenômeno estatístico, existe um percentual dos que não aceitarão, mas certamente há outro que irá aceitar e buscar os tipos andróginos.

Para as teorias de gênero, o melhor dos mundos seria tornar as realidades biológicas de homem e mulher como se fossem indiscerníveis, meras decorrências de convenções sociais, por mais louco que isso realmente seja.

Colocando tudo na mesa, vive-se numa sociedade com porcentagem considerável de homens que não fazem sexo, portanto existe um desejo reprimido numa massa populacional masculina. Por outro lado, é observado o povoamento de modelos de homens que podem se passar por mulheres, a aplicação disso no campo prático é a proliferação de traps e femboys, ocorrendo uma feminização generalizada.

Esse intercâmbio sexual tende a ser mais fácil nas grandes cidades, como as capitais dos Estados, em São Paulo mais do que nas outras, tudo impulsionado pelos meios tecnológicos como sites e aplicativos.

Sabe-se também que uma das grandes agendas internacionalizantes é estimular as pessoas a práticas homossexuais, o que, se realizado, provoca modificações nas convicções pessoais dos envolvidos. Segundo o fenômeno da dissonância cognitiva, forçar certos tipos de comportamento é também forçar modificações no campo psicológico do sujeito que praticou a ação.

O fenômeno da dissonância cognitiva (ou espiritualismo dialético) é explicado da seguinte maneira no livro Maquiavel pedagogo de Pascal Bernardan:

 

“A teoria da dissonância cognitiva, elaborada em 1957 por Festinger, permite perceber o quanto nossos atos podem influenciar nossas atitudes, crenças, valores ou opiniões. Se é evidente que nossos atos, em medida mais ou menos vasta, são determinados por nossas opiniões, bem menos claro nos parece que o inverso seja verdadeiro, ou seja, que nossos atos possam modificar nossas opiniões. A importância dessa constatação leva-nos a destacá-la, para que, a partir dela, se tornem visíveis as razões profundas da reforma do sistema educacional mundial. Verificamos anteriormente que é possível induzir diversos comportamentos, apelando-se à autoridade, à tendência ao conformismo ou às técnicas do “pé na porta” ou da “porta na cara”. Os fundamentos que servem de base a esses atos induzidos repercutem em seguida sobre as opiniões do sujeito, modificando-as (dialética psicológica). Assim, encontramo-nos diante de um processo extremamente poderoso, que permite a modelagem do psiquismo humano e que, além disso, constitui a base das técnicas de lavagem cerebral” (...) “Uma dissonância cognitiva é uma contradição entre dois elementos do psiquismo de um indivíduo, sejam eles: valor, sentimento, opinião, recordação de um ato, conhecimento etc.”

 

Segundo Pascal:

 

 A experiência prova que um indivíduo numa situação de dissonância cognitiva apresentará forte tendência a reorganizar seu psiquismo, a fim de reduzi-la. Em particular, se um indivíduo é levado a cometer publicamente (na sala de aula, por exemplo) ou frequentemente (ao longo do curso) um ato em contradição com seus valores, sua tendência será a de modificar tais valores, para diminuir a tensão que lhe oprime. Em outros termos, se um indivíduo foi aliciado a um certo tipo de comportamento, é muito provável que ele venha a racionalizá-lo.

 

Essa racionalização a qual Pascal se refere eu interpreto, no caso de que ora tratamos, com o fato de que homens passam a justificar sua atração por femboys como se estes fossem mulheres (portanto endossando a teoria de gênero – a pseudociência segundo a qual mulheres trans seriam mulheres). Nutrindo o delírio de que homens que se identificam enquanto mulheres são de fato mulheres, eles permanecem reconfortados podendo-se dizer heterossexuais, porque em suas cabeças não praticaram nenhuma viadagem ao terem relações com outros homens.

Mas a justificação pode também envolver objetos, daí decorrendo as racionalizações de que bonecas e personagens dotadas de inteligência artificial sejam tão substantivas quanto mulheres de carne e osso. A racionalização tenta se fundamentar no subjetivismo e idealismo, apegando-se à ideia que os seres humanos formam acerca uns dos outros e que é essa ideia formada a partir do objeto das paixões. Logo, formada a ideia a partir de bonecas e personagens, seria a mesma operação psicológica caso fosse uma pessoa, pois o núcleo do afeto é a ideia formada, não o objeto que a gerou.

Obviamente é um grande erro filosófico, tanto que eles escolhem deliberadamente descartar a pessoa real e escolher o objeto, percebe-se a diferença nítida entre um e outro, a realidade se impõe para que a fantasia possa se sustentar e o modelo artificial seja o escolhido definitivamente. É nada mais que um quebra-galho para suprir a vazão sentimental que todo ser humano precisa.

A privação sexual é uma das explicações do porquê de vários homens recorrerem a substitutivos do corpo feminino. As sociedades feminizadas não são ambientes de liberação sexual, ao contrário, nelas o mercado sexual é extremamente desregulado, anômalo, competitivo e pernicioso, o modelo feminino é extremamente hostil, prostituído, tratando-se de ameaça constante ao homem que resolva aceitá-lo visando um compromisso sério, tudo isso sem precisar descer a minúcias quanto ao fenômeno da hipergamia, que é uma realidade da sociedade contemporânea.

Existem outras explicações tais como substâncias químicas hormonais introduzidas na alimentação comum, embora eu não descarte essa possibilidade, não é o tema principal deste escrito.

A impregnação de modelos femininos nos homens gera mudanças comportamentais. Os modelos de personagens que estão disponíveis na cultura igualmente se colocam como fatores que devem ser levados em consideração, pois observando os personagens com traços femininos, é impossível que o público adolescente não os observe como potenciais meios de satisfação da vontade sexual. Existem personagens que ganham a afeição do público, não seria exagero afirmar que alguns espectadores se apaixonam por personagens de desenhos, isso geralmente ocorre na época da adolescência e pré-adolescência, aliás, quanto mais cedo o ser humano toma contato com mundos fantásticos, maior é a sua capacidade de imergir nele e vislumbrar uma realidade paralela na qual ele próprio seria tão existente quanto as suas personagens preferidas.

Tenha-se em mente que as coisas que absorvemos nunca mais saem da nossa cabeça, elas podem ser esquecidas, mas estão bem submersas, com a possibilidade de serem lembradas posteriormente nas circunstâncias mais aleatórias.

Recentemente tem havido uma série de produções representando rapazes asiáticos se pegando, principalmente com traços coreanos. É a transposição para a realidade humana da subcultura dos hentai yaoi, acumulada por anos. Teria sido o K-POP instrumental para feminizar os rapazes? A hipótese faz sentido, porque os cantores desse tipo de música são praticamente tão delicados quanto as fêmeas. Observo que o mesmo problema que existe na sociedade japonesa existe também na sociedade sul-coreana, a taxa de natalidade de ambas é pífia, incapaz de manter um país forte, capaz de reagir a ameaças por falta de recursos humanos.

Vejam como progressivamente os modelos vão se transmutando em realidade, com uma geração reproduzindo as mesmas características afeminadas dos desenhos com padrões estéticos veiculados nos recentes anos. É um fenômeno interessantíssimo.  

Claro, as tendências sempre existiram na história. Existem casos de imperadores que, ao enxergarem um dos súditos com traços delicados, pegavam-no e o castravam, transformando em um de seus amantes particulares.

Frank Mclynn relata que, na época do Xogun Tokugawa, acontecia de os senhores feudais japoneses tomarem muitos rapazes como amantes. Diz Mclynn em sua obra que: Em Sumpu, nesse meio tempo, Ieyasu estabeleceu uma corte com todos os talentos. Embora recebendo relatórios diários de Kyoto, por parte de seus agentes, ele dava demonstração de estar retirado para cuidar de questões privadas, ocupado com seus passatempos favoritos, caçar com falcões, nadar e praticar as artes da espada; gostava de nadar ao redor do fosso de seu castelo como exercício diário. Esse também foi um dos grandes períodos de Ieyasu como expoente da bissexualidade, quando seguia a grande tradição japonesa do shudo ou pederastia; se tornaria emblemático do xogunato Tokugawa o fato de a maioria dos grandes senhores (oito entre dez homens adultos, de acordo com um estudo recente) tomarem rapazes jovens como amantes. Tinha um sodomita favorito chamado Ii Manchiyo e era criticado por passar tempo demais com seus parceiros de cama juvenis; um estudioso japonês do século XVIII disse que Ieyasu foi "um sábio que não conseguia controlar sua vida sexual". Tudo isso se dava adicionalmente à sua atividade heterossexual, pois Ieyasu tinha 19 esposas e concubinas, com quem teve 11 filhos e cinco filhas. (McLynn, Frank. Heróis e Vilões, p. 306 – versão digital)

Alexandre, o grande, possuía seu amante homem. O imperador Nero havia castrado um dos rapazinhos que o tinham agradado, mas Nero não é padrão de normalidade dos estadistas antigos. Em todo caso, essa tendência remonta a séculos de história, sempre existiu e sempre existirá.

O sistema cultural atual deliberadamente bagunça os papéis sexuais e quer transmitir ao seu público a ideia de que eles são fluídos, trata-se de fenômeno feito não apenas para as pequenas elites, onde se poderia considerar natural uma dose de excentricidade e extravagância, mas esse fenômeno tem pretensões de abarcar a população como um todo, de maneira geral e amplificada pelos recursos televisivos, acústicos, digitais, literários, enfim, por diversos modos. A partir dessas influências culturais transmitidas por veículos variados, cada qual poderá ser conduzido à conclusão de que talvez ao lado do jovem esteja o coleguinha dele que pode satisfazê-lo da mesma maneira que a garota que o rejeita satisfaria, bastando que sejam feitas determinadas adaptações.

O constante vício masturbatório torna insuficiente os materiais pornográficos comuns, envolvendo mulheres, o que faz com que o homem busque conteúdos mais intensos e transgressores, numa espiral gradativa, passando a envolver violência ou mesmo atividade sexual com outros homens, em circunstâncias afeminadas. Esse fato é relatado por vários fóruns e grupos da internet. Que as pessoas se identificam com animes, isso é fato, mas também o é que elas reproduzem os traços físicos e mentais dos próprios personagens.

Os personagens masculinos atraem, sem fazer nada, as mulheres bonitas, verifica-se uma série de esquisitões forçados na realidade, eles imitam o ideal do personagem ascético que não precisa fazer nada, como se ficando mudos estivessem exalando o charme, da mesma forma que ocorre no desenho.

Assim também, vai se acostumando em observar traços femininos nos homens reais, como existem naqueles do campo da ficção. Ocorre um cruzamento estético que, por sua vez, gera atrações cujos desdobramentos podem ser vários.

A correlação entre animes e transexuais já foi constatada por Ray Blanchard, o que lhe rendeu a alcunha de transfóbico pelos meios midiáticos, embora não se trate de estudioso isolado sustentando essa posição.

Na verdade, o Dr. Blanchard compartilhou em 2018 um artigo sustentando o efeito feminizante dos animes, embora não tenha sido seu autor, foi atacado por ter dado endosso a essa hipótese. Esse escrito, originalmente hospedado no site medium, foi apagado do portal e teve de ser recuperado com o uso do internet wayback machine. O artigo segue a linha investigativa do efeito psicológico pelo qual os homens que assistem um gênero específico de anime, denominado de “garotas fofas fazendo coisas fofas”, passam a se identificar com os modelos de feminilidade representados pelas personagens, praticamente todas as protagonistas desses animes são fêmeas, mas curiosamente o público que consome esse tipo de conteúdo é composto por homens jovens. O artigo menciona que “O público-alvo oficial, na maioria das vezes, é o segmento chamado seinen — ou seja, garotos adolescentes e homens jovens (às vezes até homens mais velhos). E é por isso que as personagens femininas são frequentemente sexualizadas, seja de maneira sutil ou explícita. (Nem vou entrar aqui no aspecto pedofílico desse tema.) Os japoneses parecem ter aprendido a transformar em lucro toda essa feminilidade reprimida dos homens jovens”. (Masculinidade, anime e disforia de gênero - Uma análise da identificação trans induzida pela mídia. https://medium.com/@socjuswiz/masculinity-anime-and-gender-dysphoria-8d682abcec54)

A utopia dos corpos, a confusão mental e a carência presente nas condições atuais, enfim, toda essa linha de influências vai desde o seu modelo abstrato até o femboy de carne e osso. Essa grande massa de modelos andróginos, constantemente apresentada nos desenhos japoneses, moldou uma geração propícia a nutrir atração sexual por afeminados. Isso não é necessariamente uma condenação, porque para que uma sociedade possa condenar o homossexualismo é necessário que ela providencie fêmeas normais, submissas e adequadas para o casamento, o que não faz. Dessa forma, seria uma necessidade maior centralizar as críticas no modelo feminino prostituído do que nas perversões sexuais que surgem como meras consequências do mercado sexual desregulado. Mas que existe um coeficiente de feminização nos animes, isso já é algo que podemos tomar como certo.

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