“O socialismo petista articulará a
construção nacional – que na maioria dos países da periferia do capitalismo
ainda é um processo inconcluso - com uma perspectiva internacionalista”[1].
“Um compromisso internacionalista.
Somos todos seres humanos, habitantes de um mesmo planeta, casa comum a que
temos direito e de que todos devemos cuidar. O capitalismo é um modo de
produção que atua em escala internacional e, portanto, o socialismo deve também
propor alternativas mundiais de organização social. Apoiamos a autodeterminação
dos povos e valorizamos a ação internacionalista, no combate a todas as formas
de exploração e opressão. O internacionalismo democrático e socialista é nossa
inspiração permanente”[2].
“Princípios da política de relações
internacionais do PT O PT é um partido internacionalista, antiimperialista e
socialista. Luta por democracia, soberania e igualdade. Luta por uma nova ordem
internacional, pela paz mundial e pela integração continental. Busca construir,
em escala internacional, um nova hegemonia, baseada no multilateralismo. Estas
grandes diretrizes se traduzem nos seguintes “princípios” de nossa política de
relações internacionais”[3].
Esses são apenas alguns
itens constantes em documento contendo resoluções do terceiro congresso do
Partido dos Trabalhadores, datado de 2007, mas que sublinham o caráter desse
grupo político: o de ter vocação internacionalista.
Quando Luiz Inácio Lula
da Silva foi questionado por seu então ministro de Minas e Energia, Edson
Lobão, sobre os termos extremamente favoráveis ao Paraguai e prejudiciais ao
Brasil no acordo relativo à usina de Itaipu, respondeu que não via qualquer
problema, pois o Brasil deveria compensar o Paraguai em razão do ataque “imperialista”
que o Brasil teria praticado contra aquele país, durante a guerra ocorrida
entre 1864 e 1870[4].
Notícia de 05/08/2009:
“O presidente Lula usou boa parte
do repertório de palavrões brasileiros para passar uma descompostura no
ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O sermão aconteceu pouco antes da
assinatura do novo acordo entre Brasil e Paraguai sobre a hidrelétrica de
Itaipu, no dia 25 de julho. A reprimenda de Lula valeu também para o presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, presente no encontro. A irritação de Lula
foi motivada pela resistência de Lobão e Gabrielli em assinar o acordo. -- Vai
t..., Lobão! Não me venha com esse papo. Vocês querem que o Brasil repita com
os países pobres o mesmo imperialismo dos Estados Unidos com toda a América do
Sul. Vai t... Sem escutar os argumentos dos subalternos, Lula continuou a dizer
o que pensava. -- O Brasil tem uma responsabilidade muito grande com os
vizinhos, ainda mais com o Paraguai, teve a guerra. Vocês querem f... o Lugo
(Fernando Lugo, presidente do Paraguai), mas não vão. -- E não adianta vocês
fazerem estas continhas, estes numerozinhos. Vocês vao t... A reprimenda de
Lula foi reproduzida ao colunista por uma pessoa que tomou conhecimento da
conversa. As frases, certamente, não são literais. Os palavrões e o sentido das
reclamações do presidente, com segurança, são verdadeiros e ditos em
grande quantidade”.
Ainda durante seu
governo, em 2006, Lula permitiu a nacionalização da refinaria da Petrobrás em
território boliviano por Evo Morales, aliado político no âmbito do Foro de São
Paulo, legitimando, assim, a expropriação de um ativo pertencente à estatal
brasileira[5].
Já no atual período de
mandato, surgiram denúncias recentes envolvendo a suposta entrega de urânio,
pelo Brasil, à China comunista. Após a publicação das notícias sobre o caso, os
principais portais de mídia realizaram retificações nas matérias, alegando que
o mineral é de interesse estratégico para o Brasil e que sua exploração
constitui monopólio da União. O fato é que a empresa chinesa China
Nonferrous Trade (CNT)[6],
subsidiária da China Nonferrous Metal
Mining Group[7],
adquiriu a Mineração Taboca, uma empresa peruana que atua na exploração de
minérios como estanho, nióbio, tântalo e outros minerais presentes em terras
raras, nas proximidades de uma reserva de urânio. A compra da empresa peruana,
que opera em solo brasileiro, foi realizada pela quantia de R$ 2 bilhões. As
notícias foram retificadas em pouco tempo para explicitar que, embora exista de
fato presença chinesa nesse ramo, os chineses não terão acesso à exploração
desse recurso...
A República Popular da
China está envolvida em pesca ilegal e furto de água do rio amazonas[8], segundo
o prefeito Carlos Gouvêa, do município de Soure: “Não discutimos isso
diretamente com Lula, mas o governo sabe que isso está acontecendo”. Ele diz
que até a Guiana Francesa “tem uma estrutura melhor para combater esse flagelo”
e impedir que navios chineses cheguem perto de sua costa, “mas aqui na região de
Marajó no Brasil, eles fazem, chegam muito perto das nossas costas com aquelas
redes que arrastam os peixes” (...) “Uma curiosidade é que os grandes
cargueiros que passam por aqui, uma das coisas ilegais que eles fazem é encher
os barcos com água doce da Amazônia para levar para outras partes. Eles levam
para o Oriente Médio, é mais barato tornar aquela água potável do que
dessalinizar a água de lá”[9],
finalizou.
Marcos Schotgues faz
uma apanhado ao informar que: “Em 2019, ainda de acordo com o Sobesp, cerca de
7 toneladas de peixe provenientes de pesca ilegal foram apreendidos em uma
operação conjunta da Marinha do Brasil e da França, entre a foz do rio
Oiapoque, no Amapá, e águas territoriais da Guiana Francesa. Em 2017 o Equador apreendeu um navio mandarim que levava
300 toneladas de espécies ameaçadas de extinção pescadas ilegalmente na reserva
marítima de Galápagos, a segunda maior do mundo e protegida como Patrimônio da Humanidade pela
UNESCO. Em 2016, a Armada Argentina chegou a abater uma embarcação chinesa que pescava
ilegalmente em sua zona econômica exclusiva”[10].
As relações com os
comunistas são sempre caracterizadas por traços predatórios e o furto de recursos
naturais pelos comunistas não é objeto de denúncia pelos pseudonacionalistas,
porque eles estão afinados com o mesmo projeto de construção de um bloco de poder
antiamericano.
Luis Inácio confessa
que sempre teve boas relações com o partido comunista da China, com o qual
manteve contato antes mesmo de assumir a presidência. “É sempre uma alegria poder receber um país irmão, um país com que
mantemos uma relação extraordinária não apenas do ponto de vista comercial, mas
também do ponto de vista político (...) o meu partido é um partido que tem uma
forte relação com o Partido Comunista Chinês. Eu próprio já fui à China, como
dirigente partidário, antes de ser presidente da República”[11],
disse o petista, que também asseverou, noutra ocasião, que: “se depender do meu governo e se depender da
minha disposição, Brasil e China serão parceiros incontornáveis, a nossa
relação será indestrutiva (sic)”[12]
A comunicação real,
nesse nível, ocorre entre partidos, não entre governos, pois os grupos
comunistas trabalham em outra frequência. Se nas democracias existe o jogo
partidário voltado para as eleições, os partidos revolucionários não podem ser encarados
como partidos formais, preocupados com os ciclos de eleições e debates
parlamentares com as bancadas separadas. Na verdade, eles enxergam o jogo no
longo prazo e aceitam, apenas provisoriamente, as regras daquilo que denominam
democracia burguesa. Quando já têm força suficiente, rompem essas estruturas e
passam a agir definitivamente com a configuração que entendem ser adequada para
um Estado socialista, de vocação revolucionária.
Luís Inácio também
articulou para enviar recursos financeiros para a Argentina, quando Alberto
Fernandez ocupava a presidência. Lula “utilizou
a estrutura ministerial do governo para influenciar na decisão do Fundo Monetário
Internacional (FMI) de emprestar US$ 7,5 bilhões à Argentina”, que enfrentava
uma grave crise financeira. Naquela ocasião, ele ainda “pressionou a ministra Simone Tebet,
do Planejamento, a autorizar uma operação de US$ 1 bilhão do Banco de
Desenvolvimento da América Latina (CAF) mesmo com o país vizinho sem crédito, e
dar vantagem ao candidato do governo argentino na eleição presidencial deste
ano, Sergio Massa, sobre o principal concorrente, o libertário Javier Milei”[13].
Utilizando as
instituições de Estado, o partido financia obras e concede empréstimos aos
parceiros, seguindo os ditames da solidariedade internacional, eufemismo para o
socialismo internacional que rege as relações dos respectivos agentes políticos
vinculados ao Foro de São Paulo, como ocorreu em operações via BNDES, a exemplo
do empréstimo ao regime dos Castro, que teve como garantia de pagamento
charutos cubanos em contrapartida para um montante emprestado de R$3,6 bilhões.
O governo brasileiro também assumiria o total risco da operação e entregaria a
quantia diretamente para o banco estatal de Cuba, ao invés de depositá-la em
outra instituição, seguindo as regras tradicionais de empréstimo nessas circunstâncias[14].
A utilização do Brasil
como vaca leiteira é prática recorrente da política externa do Partido dos
Trabalhadores.
Costurou-se também a
operação “mais médicos” para abastecer os cofres de Cuba, o know-how desse
mecanismo de sustentação da ilha dos Castro foi aplicado primeiro na Venezuela,
diz Paulo Henrique Araújo que “A
primeira vez que os médicos cubanos foram explorados como ferramenta de
sustentação do regime comunista foi em 1999 na Venezuela de Hugo Chávez, que
assinou termo de compromisso com Fidel Castro que assumia o contingente de 12
mil médicos”(...) “Segundo o Tribunal de Contas da União, o Brasil pagou quase 7 bilhões
de reais para a Cuba durante a existência do programa”[15].
Os internacionalistas
sempre fazem arranjos para favorecerem uns aos outros à custa dos recursos de
seus países, porque a revolução é mundial.
O BNDES também
financiou a obra do Porto de Mariel, um local estratégico no Caribe perfeito
para o escoamento de produtos ilícitos, como parte de um empreendimento
coordenado com o narcoestado cubano, aliás, o primeiro narcoestado da América
Latina. Ora, trata-se de um Estado socialista envolvido há décadas nesse tipo
de atividade, dedicado à exportação da revolução e à interferência nos assuntos
internos de outras nações. Nesse contexto, ao incentivar alianças entre facções
socialistas e o tráfico de drogas, que outra destinação se poderia esperar de
uma obra como essa? Quem poderia imaginar, Cuba usou porto de Mariel para
vender armas à Coreia do Norte: “Cuba
utilizou o Porto de Mariel para abastecer com 240 toneladas de armamento um
navio norte-coreano, em descumprimento a sanções internacionais contra o regime
autoritário da Coreia do Norte. A operação, realizada há menos de um ano,
fracassou porque a carga secreta foi descoberta por autoridades do Panamá, já
no caminho de volta à Ásia”[16].
Durante a operação
montada pelos grupos interessados no contexto da COVID, quando tentaram
pressionar o governo, uma das acusações era de que o governo brasileiro
resistia às diretrizes da Organização Mundial da Saúde, pois, no entender das
esquerdas e das quadrilhas oligárquicas, as diretrizes internacionais deveriam
ser obedecidas de pronto, sem questionar.
O Partido dos Trabalhadores
possibilitou a ascensão e permanência de Hugo Chavez no poder. Assim como Fidel
Castro, Chavez, em sua etapa inicial, jogou a imagem da indefinição,
aparentando um líder nacionalista latino-americano, mas com o tempo o jogo foi
entregue e ele mostrou as cores definitivas de agente político vinculado às coordenações
socialistas da hidra vermelha a que se refere Carlos Azambuja.
Em 2003, os comunistas
criaram um grupo internacional chamado amigos da Venezuela, reunindo apoio dos
regimes do continente para Hugo Chavez, que havia tentado dar um golpe de
Estado. Vários setores da sociedade venezuelana mobilizavam-se contra Chavez
naquele período.
Luis Inácio confessou
que: "Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso
companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma
solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível
graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um
Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está
lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E
graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências
políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que
consagrou o Chávez como presidente da Venezuela."[17]
Antes mesmo de assumir
a presidência, Luis Inácio solicitou a Fernando Henrique Cardoso que enviasse
um petroleiro para a Venezuela, sabotando assim a greve dos funcionários da PDVSA,
empresa petrolífera venezuelana, contra o regime[18].
FHC
confirma pedido da Venezuela para garantir combustíveis
Rio
Branco, 20/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Fernando Henrique
Cardoso confirmou há pouco que a Venezuela solicitou apoio do Brasil para
garantir o abastecimento de combustíveis durante a crise instalada no país. Ele
explicou, entretanto, que o pedido foi feito pela estatal venezuelana de
petróleo (PDVSA) à Petrobras, o que configura uma situação entre empresas.
Questionado sobre a atual crise instalada naquele país, onde manifestantes
contrários ao governo de Hugo Chavez brigam com os partidários do presidente
venezuelano, Fernando Henrique voltou a defender o respeito à legalidade e às
instituições democráticas. Ele revelou que o presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva, lhe pediu uma autorização para que um emissário da equipe de
transição pudesse ir à Venezuela conversar com Chavez e ver de perto a
situação. "E também para mostrar ao presidente Chavez, pelo qual tenho
estima pessoal, que é preciso tomar cuidado. É melhor propor uma conciliação
que evite o conflito. Nós não queremos ver um país irmão com estas dificuldades.
Achamos que é preciso algum gesto que aproxime as duas facções",
acrescentou. A crise na Venezuela já dura algumas semanas, agravada com a greve
geral no País e os conflitos de rua entre manifestantes favoráveis e contra
Chavez[19].
Fernando Henrique
Cardoso também forneceu a quantia de R$ 2,1 bilhões para o Movimento dos Sem
Terra (MST), instigando o conflito agrário e a mobilização de milícia
partidária dos comunistas[20].
O Partido dos
Trabalhadores permitiu acesso do regime socialista Venezuela à JBS, para que esta
enviasse carne para a Venezuela de maneira a apaziguar os protestos turbinados
pela crise alimentar, além de continuar mantendo a estrutura de apoio ao
narcoestado chavista, conservando relações harmônicas com as FARC e de apoio
mútuo. As FARC já publicaram uma carta de apoio ao PT, que por sua vez sempre
atuou diplomaticamente a favor do grupo narcoguerrilheiro, propugnando a sua
transformação em partido político. Não é possível manter integridade nacional
com a cumplicidade para com estruturas paralelas de poder, os grupos
internacionalistas reiteradamente têm prestado apoio a facções e cartéis e
sabotado as Forças Armadas de seus países.
Hugo Chavez conta como,
em uma reunião de líderes esquerdistas, encontrou Raul Reyes, então comandante
das FARC: “Recebi o convite para
assistir, em 1995, ao Foro de São Paulo, que se instalou naquele ano em San
Salvador. (…) Naquela ocasião conheci Lula, entre outros. E chegou alguém ao
meu posto na reunião, a uma mesa de trabalho onde estávamos em grupo
conversando, e lembro que colocou sua mão aqui [no ombro esquerdo] e disse:
‘Cara, quero conversar com você.’ E eu lhe disse: ‘Quem é você?’ ‘Raúl Reyes,
um dos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.’ Nós nos
reunimos nesta noite, em algum bairro humilde lá de El Salvador. (…) E então se
abriu um canal de comunicação e ele veio aqui (…) e conversamos horas e horas.
Depois, em uma terceira e última ocasião, passou por aqui também”[21].
O mesmo Raul Reyes, em
uma entrevista para a Folha de São Paulo, no contexto em que atacava a
Colômbia, presidida por Álvaro Uribe, mencionou que a organização criminosa
havia enviado uma carta de felicitações pela vitória de Luís Inácio em 2003,
esperando retomar com o PT o mesmo diálogo que travavam antes. Reyes disse que
conheceu Lula em uma das reuniões do Foro de São Paulo em San Salvador,
acrescentando, sobre os contatos das FARC no Brasil, que: “As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças
políticas e governos, partidos e movimentos sociais. Na época do presidente
[Fernando Henrique] Cardoso, tínhamos uma delegação no Brasil. Folha de S.Paulo
- O sr. pode nomear as mais importantes? Reyes - Bem, o PT, e, claro, dentro do
PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes,
sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas... Folha de
S.Paulo - Quais intelectuais? Reyes - [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto
[assessor especial de Lula] e muitos outros”[22].
Nessa mesma entrevista,
Reyes acusou o então presidente Uribe de ser um fantoche norte-americano. Essa vinculação
que se faz entre líderes antisocialistas com os Estados Unidos da América é um
lugar-comum bem antigo usado pelos comunistas para construir frentes
pseudonacionalistas, dando a impressão de que se está repelindo uma agressão
estrangeira e que se importa com defesa nacional.
Conforme notícias datadas
de 2005, o PT teria recebido cerca de R$ 3 milhões vindos de Cuba, entre agosto
e setembro de 2002. “Ao chegar a
Brasília, por meios que Veja não conseguiu identificar, o dinheiro ficou sob os
cuidados de Sérgio Cervantes, um cubano que já serviu como diplomata de seu
país no Rio de Janeiro e em Brasília”. “De
Brasília, o dinheiro foi levado para Campinas, a bordo de um avião Seneca,
acondicionado em três caixas de bebida. Eram duas caixas de uísque Johnnie
Walker, uma do tipo Red Label e outra de Black Label, e uma terceira caixa de
rum cubano, o Havana Club. Quem levou o dinheiro foi Vladimir Poleto, um
economista e ex-auxiliar de Antônio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto”[23].
Com a queda do muro de
Berlim, o comunista Luis Inácio disse que o objetivo das esquerdas
internacionais era reconquistar na América Latina aquilo que se perdeu no leste
europeu, encontrando em Fidel Castro o parceiro ideal para essa aventura
conjunta. O apoio financeiro que Cuba ganhava dos soviéticos passou a ser
substituído por aquele extraído das atividades do narcotráfico, Cuba
diversificou as suas formas de subvenção.
O PT foi apontado como tendo
diálogos cabulosos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), de fato, todos os
agentes ideológicos próximos das facções manifestam preferência pelo PT e
ojerizam seus adversários. Em interceptação obtida pela Polícia Federal, um renomado
líder da facção, Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, dizia que para eles Lula
era a melhor opção.
O governo Lula recebeu
a dama do tráfico enquanto Flávio Dino era Ministro da Justiça, sendo que as passagens
da visita foram custeadas pelos cofres públicos[24].
A atuação do Partido
dos Trabalhadores indica um projeto voltado à diluição das soberanias nacionais
em benefício de organismos supranacionais, a exemplo da proposta de integração por
meio da Unasul e as tentativas de imposição da CELAC como órgão alternativo à
OEA, para servir de suporte aos regimes socialistas da América Latina. A
transferência dos processos decisórios para instâncias estrangeiras ou
regionais enfraquece a autodeterminação do Estado brasileiro.
O Foro de São Paulo é
uma estrutura internacional e emite comandos gerais vinculantes para os
partidos a ele associados. A única defesa que os asseclas da esquerda possuem é
fazer cara de sonso e negarem a existência da entidade, ou tentar diminuir a
sua importância, mas essa tática tem caído no vazio há tempos.
O governo comunista de
Luís Inácio resgatou a ex-primeira dama do Peru, salvando-a dos processos
envolvendo corrupção, protegendo assim um dos integrantes da quadrilha
internacional à custa da Força Aérea Brasileira.
Desde o primeiro
discurso de Luis Inácio na Organização das Nações Unidas, o comunista não
defendeu a soberania brasileira, mas exigiu respeito à soberania do Iraque, em
contraste com o discurso de Jair Bolsonaro, que citou uma série de pontos de
relevância para o Brasil.
Sobre as eleições de
2022, matéria publicada pelo Financial Times revela a existência de articulação
entre os esquerdistas dos Estados Unidos para catapultar Luís Inácio para a
Presidência. Sob o pretexto de defender as eleições, o governo Biden pressionou
autoridades brasileiras para fazer vistas grossas às inconsistências eleitorais
e aceitarem de imediato os resultados das eleições[25].
Os comunistas estão
acostumados a perverter a linguagem e, como tal, quando eles falam em “soberania”
referem-se à soberania do bloco inteiro, não do País em particular, eles
reformulam os termos. Como consequência, todo aquele que conclama pela defesa
da soberania tem a obrigação de se posicionar pelo expurgo de partidos com
vocação internacional.
A oligarquia construída
não só em torno do Supremo Tribunal Federal, como também em torno do Superior
Tribunal de Justiça, vincularam os seus julgamentos ao atendimento das pautas
definidas na Agenda 2030, programa global que visa subjugar os ordenamentos
jurídicos, solapando as Constituições nacionais e em seu lugar impor diretrizes
globais. A oligarquia judiciária é também responsável pelo entrave de projetos
importantes, como a ferro grão e a blindagem de exploração ou cultivo de partes
importantes do território nacional, sob o pretexto de preservação da natureza e
respeito às populações indígenas. O mesmo Tribunal foi à China e, sob pretexto
de troca de mecanismos institucionais, estabeleceu contato com a maior ditadura
do planeta para a melhor exercer as politicagens que já faz.
Luis Inácio disse que
não se ofende de ser chamado de comunista, que seus adversários representam
tudo aquilo que ele e seus parceiros comunistas rejeitam, como por exemplo, o
patriotismo.
“Eles nos tratam como se nós
fôssemos terroristas, eles nos acusam de comunistas, achando que nós ficamos
ofendidos com isso. Nós não ficamos ofendidos, nós ficaríamos ofendidos se nos
chamassem de nazistas, de neofascistas, de terroristas, mas de comunista, de
socialista, nunca. Isso não nos ofende, isso nos orgulha, muitas vezes e muitas
vezes nós sabemos que merecemos esses ataques. (...) Aqui no Brasil, nós
enfrentamos o discurso do costume, o discurso da família, o discurso do
patriotismo, ou seja, aqui nós enfrentamos o discurso de tudo aquilo que a
gente aprendeu historicamente a combater”[26].
A companheira de Lula,
Janja, reclamou ao ditador comunista Xi Jinping que o algoritmo do aplicativo
TikTok estaria favorecendo discursos de direita, chamando atenção para um ponto
que ela gostaria de ver corrigido[27]. A
China comunista poderia inclusive enviar especialistas em censura para auxiliar
o regime Lula na supressão de notícias, discursos e expressões consideradas
ofensivas e enganosas.
Estamos, portanto,
diante de um cenário em que uma oligarquia, em conjunto com a esquerda
internacional, conclama a população à defesa da soberania. Esse discurso
encontra eco na boca dos pseudonacionalistas, uma espécie à parte, com suas
próprias peculiaridades, que merece análise em separado. Por ora, basta dizer
que são figuras que gravitam em torno dos comunistas. Em breve, os vermelhinhos
começarão a repetir que estão com medo de “revoluções coloridas contra o
Presidente Lula”. Os internacionalistas não devem contar com o apoio, sob o
pretexto de ameaças externas, eles precisam ser deixados levando tomates de
todos os lados até que caiam como frutas podres.
ARAÚJO, Paulo Henrique. O mínimo sobre o Foro de São Paulo.
Editora PH Vox.
______________________. O Foro de São Paulo e a Pátria Grande.
Editora PH Vox.
Resoluções
do 3O Congresso Partido dos Trabalhadores 2007.
https://fpabramo.org.br/csbh/wp-content/uploads/sites/3/2018/05/Resolucoesdo3oCongressoPT.pdf
FARC:
Saudação ao Foro de São Paulo. https://port.pravda.ru/mundo/15168-farcsaudacao
e https://www.defesanet.com.br/front/caso-lula-farc-se-solidariza-con-lula
[1] Resoluções
do 3º Congresso Partido dos Trabalhadores 2007. P. 14.
[2] Idem.
P. 15.
[3] Idem.
P. 138.
[4]Olho
no poder: Lobão engole palavrões de Lula. https://www.congressoemfoco.com.br/noticia/4943/olho-no-poder-lobao-engole-palavroes-de-lula
[5]
Nacionalização do petróleo boliviano repercute na Câmara. https://www.camara.leg.br/tv/169487-nacionalizacao-do-petroleo-boliviano-repercute-na-camara/
[6]
https://www.poder360.com.br/poder-infra/mineracao-taboca-e-vendida-para-a-chinesa-cnmc-por-us-340-milhoes/
; Plínio critica venda de reserva de
urânio no Amazonas à estatal chinesa. Fonte: Agência Senado. https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2024/11/27/plinio-critica-venda-de-reserva-de-uranio-no-amazonas-a-estatal-chinesa
[7]https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2827997&filename=RIC%204302/2024
[8]Barcos chineses têm recolhido água doce da
Bacia Amazônica para levá-las a outros países. https://www.youtube.com/shorts/MqItgLtb8Ek;
China pesca ilegalmente na Amazônia, diz
prefeito: “governo Lula sabe”. https://www.epochtimes.com.br/brasil/china-coleta-agua-e-promove-pesca-ilegal-no-para-diz-prefeito-governo-sabe-187916.html
[9]
Idem.
[10]
Idem.
[11]Lula diz que PT tem forte relação com o
Partido Comunista da China. https://youtu.be/TpSFQzS_GzU?si=KaAGeXd_U7oKxMEc
[12]Se
depender de mim, relação com a China será indestrutível, diz Lula. https://youtube.com/shorts/W4O-EzxYo-E?si=tWA2aG4H1aRAICS2
[13]
Lula pressionou Tebet para autorizar US$ 1 bi à Argentina e barrar eleição
de Milei. https://www.gazetadopovo.com.br/republica/lula-argentina-emprestar-1-bilhao-barrar-milei-presidencia/
[14] https://revistaoeste.com/politica/pt-aceitou-recebiveis-de-venda-de-charuto-como-garantia-de-cuba/
; https://www.poder360.com.br/governo/cuba-lastreou-em-charuto-divida-com-o-brasil/
[15] Mais médicos, o projeto de sustentação de
Cuba . https://news.phvox.com.br/mais-medicos-o-projeto-de-sustentacao-de-cuba/
[16]Brasil
financia indiretamente exportação de armas para Coreia do Norte. https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/historico-veja/brasil-financia-indiretamente-exportacao-de-armas-para-coreia-do-norte/ ; ver também artigo de Roberto Lacerda
Barricelli: Porto de Mariel e o retorno da Mãe Rússia, disponível em http://www.agrobrasil.com.br/2014/07/alerta-total-porto-de-mariel-e-o.html
[17]Segundo Lula, ajuda do Foro de São Paulo
foi fundamental para Chávez. https://pt.wikinews.org/wiki/Segundo_Lula,_ajuda_do_Foro_de_S%C3%A3o_Paulo_foi_fundamental_para_Ch%C3%A1vez
[18]
Brasil deverá enviar gasolina ao vizinho, diz FHC. O Brasil deverá mandar gasolina para a
Venezuela, disse ontem o presidente Fernando Henrique Cardoso enquanto
inaugurava a barragem do Castanhão, em Alto Santo, a 250 km de Fortaleza. A
Venezuela fez o pedido na semana passada, para combater os efeitos da greve
geral iniciada no dia 2. "Possivelmente nós vamos mandar", disse FHC.
"No domingo, conversei com o presidente da Petrobras, Francisco Gros, para
que possamos remeter gasolina à Venezuela, algo de que eles estão precisando
muito. Também precisam de navios, mas o governo brasileiro não possui tais
embarcações. Os navios pertencem à Petrobras, sob a forma de arrendamento, e
não é fácil deslocá-los." (ARMANDO ANTENORE). Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2412200202.htm ; ver também “FHC confirma sondagem à
Petrobras sobre envio de combustível para Venezuela”, em https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2002-12-23/fhc-confirma-sondagem-petrobras-sobre-envio-de-combustivel-para-venezuela
[19]
FHC confirma pedido da Venezuela para garantir combustíveis. https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2002-12-20/fhc-confirma-pedido-da-venezuela-para-garantir-combustiveis
[20]
FHC recebe o MST e libera R$ 2,1 bilhões. https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0407200025.htm . WILLIAM FRANÇA DA SUCURSAL DE
BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem a liberação de
R$ 2,1 bilhões para o atendimento de 51 itens de reivindicações do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
O anúncio foi feito após encontro entre FHC e os sem-terra, marcado de surpresa
e realizado no Palácio do Planalto. O MST considerou o encontro "um
avanço", mas disse que o dinheiro ainda é insuficiente.
Antes de saber que o presidente receberia seus líderes, o MST havia divulgado
nota em que ameaçava fazer uma marcha até a fazenda de FHC em Buritis (MG),
como forma de pressão para o atendimento das reivindicações. "Demos um
voto de confiança ao presidente", disse Gilberto Portes, da direção
nacional do MST. Segundo ele, o movimento dará prazo até o dia 20 deste mês
para que o governo concretize as ações anunciadas e amplie os recursos para o
financiamento dos assentados e as desapropriações. "Se a gente for no
banco ou no Incra e não vir que de fato as medidas existem, vamos continuar
mobilizando nosso pessoal. A resposta vai ser na rua. A ocupação é um processo
natural de pressão e não depende de orientação", afirmou Portes. "E
não está descartada a invasão de prédios públicos novamente", completou. A
fazenda de FHC em Buritis (MG) estará preservada até o final do mês, afirmou o
líder do MST. "A fazenda está tranquila." O líder do MST considerou
"insuficiente" a meta do governo de assentar 45 mil famílias neste
ano. "Temos mais de 100 mil famílias acampadas", disse Portes. Ele classificou
de "insignificantes" os recursos para o financiamento dos assentados
-R$ 840 milhões. O MST acredita que nos próximos dias conseguirá convencer o
governo a rever essas formas de financiamento, como a ampliação do subsídio que
é dado aos recém-assentados. Pela proposta do MST, o governo deveria liberar
mais R$ 6 bilhões para resolver todos os problemas na reforma agrária.
"Mas o presidente disse que nós temos a função de pressionar. É o que
vamos fazer."
Reunião. A reunião do MST com o governo no Planalto começou às 15h45 e
prosseguiu além das 19h. FHC participou da primeira parte, que durou quase duas
horas. "O presidente debateu diretamente os problemas", disse o
ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann. Também participou o ministro
da Justiça, José Gregori. Foi FHC quem ligou, por volta do meio-dia de ontem,
para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que está mediando o
diálogo do governo com o MST, pedindo que a reunião de acontecesse no Planalto.
Seria a segunda rodada de conversas. A primeira foi no dia 21 de junho. Apesar
de o MST ter sinalizado com a disposição de negociar com o governo e dar um
prazo para que as ações sejam implantadas, Jungmann disse em entrevista que
"não tinha nenhuma expectativa de que o MST venha a fazer qualquer trégua
ou acordo". "Não consta no DNA do MST as palavras pacto, acordo ou
trégua. Não há paz com o MST, porque ele não considera o governo legítimo e
está mais para partido camponês radical que para movimento social",
afirmou o ministro. Portes classificou a afirmação como "paranóia" de
Jungmann. "O dia em que o MST virar partido, ele acaba. O ministro tem de
ficar preocupado agora é em responder e implantar as medidas anunciadas",
afirmou Portes. O MST mobilizou cerca de 100 militantes para fazer uma marcha
de Buritis (MG) até a fazenda do presidente Fernando Henrique Cardoso, a 65 km
do local. Ontem, os sem-terra aguardavam o resultado da reunião dos líderes do
movimento com FHC para preparar a marcha. Mas os líderes que participaram da reunião
com o presidente garantiram, no final, que a área não será invadida e
cancelaram o acampamento diante da propriedade.
[21]https://www.arnewsnoticias.com/2022/12/conheci-reyes-comandante-das-farc-e-lula-foro-sao-paulo-disse-chavez-videos.html
[22]https://www.arnewsnoticias.com/2022/12/conheci-reyes-comandante-das-farc-e-lula-foro-sao-paulo-disse-chavez-videos.html
[23]Cuba teria pago campanha de Lula. https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/cuba-teria-pago-campanha-de-lula-9r3zzqhib6hveevc243zcccpa/
[26]
Discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da reunião do
Foro de São Paulo. https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/discursos-e-pronunciamentos/2023/discurso-do-presidente-luiz-inacio-lula-da-silva-na-abertura-da-reuniao-do-foro-de-sao-paulo
[27]
“Se não seguir a regra, tem prisão”: o modelo de censura que Janja quer
importar da China”. https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/o-modelo-de-censura-que-janja-quer-importar-da-china/
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